Hora Perdida
Eu poderia perder horas
Correndo meus dedos pelos ponteiros
Até encontrar o vazio do tempo
Escondido por trás da pálpebra
(feito criança atrás da cortina)
Eu me deixaria esquecer
Naquele pique de 88…
Girando feito roda
Carrossel mãos unidas
Uma história pra dormir
(quem foi que inventou o interruptor?)
Tabuada, argh!
Livrinho de papel reciclado
(será que já tinha?)
Devia ser de outra coisa…
Amigos no portão
Time contra
Mas todos a meu favor
(de quem era a bola?)
Sola de chinelo
Uns cinco por ano
Asfalto quente e um pé que não pára de crescer
(quantos remendos eu fiz no dedão?)
Uma explicadora
Idéia da minha mãe
(esse menino precisa aprender a escrever)
E lá se foram as férias de 92…
Eu poderia perder horas
Perdendo a hora…
(Próxima estação, Carioca…)
6 maio, 2009 às 10:39 pm
[…] da literatura! Anos passarão e nós estaremos discutindo os motivos que levaram o David a escrever esse poema, inventando dores, problemas e anseios que nem mesmo ele ousaria […]
7 maio, 2009 às 4:38 pm
Mais uma bela demonstração da sua habilidade com as palavras. Muito bonito o seu poema.
ps. concordo com você que buscar textos antigos é uma boa quando a maré de inspiração anda baixa. Mas eu não tenho tantas coisas escritas e tão bonitas assim…
10 maio, 2009 às 4:24 pm
Oi David!
Ah eu ganhei um tempo precioso lendo seu poema,sim,pois recordar é viver,não?rs…então,’fui lá’ na minha infancia!Obrigada!rs
Boa semana,beijo.
12 julho, 2009 às 12:02 am
poesias vindas de todos os cantos, de todas as memórias escondidas. a fazer recordar os anos a vida que se passou e não volta. onde o tempo?